Nova logo marca

Nova logo marca

terça-feira, 10 de abril de 2012

Entrevista com a A Sorrowful Dream


O Ano era 2006 e em plena Praça Zeca Netto a cidade de Camaquã teve a oportunidade de ver e ouvir ao vivo uma das maiores bandas de Dark Metal do Brasil A Sorrowful Dream. Que é formada por: Éder A. de Macedo (voz), Josie Demeneghi (voz), Jô Toldo (gui), Lucas Vargas (gui/vi), Mari Vieira (tec), Geovane "Tuko" Lacerda (bai) e Ricardo Giordano (bat)
Para relembrar aquele momento e também saber mais sobre como está à ASD no dia de hoje, entrevistamos esta banda que marcou sua passagem pelo Festival Rock e Poesia com muita teatralidade, beleza e metal de grande qualidade.

Acompanhamos as comemorações do aniversario de 15 anos da banda e ficamos muito felizes com toda esta longevidade da A Sorrowful, então como foram as comemorações?

ASD: Com os 15 anos da banda completos em Novembro de 2011, achamos que seria interessante resgatar um pouco da sua história, dos integrantes que passaram por ela e das músicas que foram trabalho da banda no passado. Com isso, alimentamos o Fotolog com fotos antigas até chegarmos à fase atual, inauguramos um canal no Youtube onde pudemos divulgar vídeos de shows, ensaios e dos ex-integrantes, também fizemos promoções com os produtos da banda (camisetas e CD), além de sorteio, participação no programa Mundo Metal (Ipanema FM) e um hotsite com diversas informações sobre a banda em toda a sua existência. Foi algo muito bacana de fazer e foi ainda melhor ver o retorno do público, alguns relembrando o início da banda e outros recém conhecendo o nosso trabalho.

Ao longo desta estrada dentro do metal qual o momento mais complicado, o mais difícil de ser superado até então?

ASD: A saída de um integrante certamente é um dos momentos em que sempre sentimos muito e sempre é algo difícil de lidar, seja pela lacuna que é deixada, seja pela busca por um novo integrante, com nova personalidade e novo estilo musical. E essa troca de integrantes é algo muito emblemático na ASD, pois ela aconteceu diversas vezes durante esses 15 anos de estrada. Isso foi especialmente marcante no final de 2004, quando três integrantes saíram praticamente de uma só vez, deixando um grande desfalque na banda. Mas tudo foi superado, encontramos pessoas que puderam preencher esse espaço e seguimos adiante.

No grande Toward Nothingness último trabalho de vocês, pude constatar o grande salto na produção do álbum, toda a clareza que envolve os elementos do disco, a qualidade é indiscutível, como foi para alcançar este nível que encontramos ao escutar o CD?

ASD: Como Toward Nothingness foi nossa primeira experiência oficial em estúdio para gravar um full lenght, nos demos o tempo necessário para alcançar o resultado que queríamos. Por um lado, isso atrasou bastante o seu lançamento, mas por outro, pudemos aprender bastante com o processo, experimentar elementos nas músicas e ter todo o cuidado que acreditávamos que o material precisava. Acho que nosso grande mérito foi mesmo acreditar no que estávamos fazendo, sem ficar muito preocupados com a reação alheia, apenas fazendo com que as músicas soassem como sentíamos que elas deveriam soar. Acredito que seja algo que sempre permeou a banda, desde seu início, e isso acabou refletindo nesse primeiro álbum. Também é importante frisar o legado que os ex-integrantes deixaram, pois muitas dessas músicas foram iniciadas por eles e nós demos continuidade. E por último, contar com o Sebastian Carsin como o produtor do CD, um grande amigo de longa data, ótimo profissional e que conhece muito bem nossas músicas, certamente foi algo que acrescentou muito ao resultado final.

Ter uma banda com muitos integrantes é um fator no mínimo curioso para uma banda, como é a relação com os membros. Quem cria, quem faz os arranjos?

ASD: Como em qualquer outro tipo de relação, é preciso respeito mútuo para que a convivência seja possível. Embora a gente não consiga ter uma convivência diária, em virtude de trabalho, família e distância (a banda se espalha entre Sapucaia, São Leopoldo e Porto Alegre), nos consideramos bons amigos e já nos conhecemos suficientemente bem para entender como cada um funciona dentro da banda. Isso ajuda no momento da composição. Todos participam ativamente na criação das músicas, mas o Lucas é o ponto central, pois é ele quem traz as bases e o restante vai preenchendo com seus elementos.

No ano de 2006 a banda esteve como headline do Festival Rock e Poesia aqui em Camaquã, fato lembrado por todos os admiradores de vocês na cidade, o que chamou a atenção de muitos foi à teatralidade na apresentação ao vivo, esta característica ainda é tão latente na banda?

ASD: De 2006 para cá, a grande mudança que tivemos na banda foi à saída do baterista Mano e a entrada do Ricardo Giordano. Em termos de apresentação de palco, continuamos seguindo mais ou menos a mesma linha, talvez com alguma pequena modificação de postura aqui e ali, coisas naturais em uma banda.

Como vocês vêem acena Doom Gothic e Metal em geral no RS?

ASD: A cena Metal em geral no RS é de bandas muito promissoras, mas com um público aparentemente cada vez mais escasso, e com cada vez menos oportunidades de shows para bandas e produtores. Sentimos que a cena deu uma grande decaída do que era há apenas alguns anos, e é difícil explicar o porquê de isso estar acontecendo.


Quais os próximos planos da A Sorrowful Dream?

ASD: Com a banda completa novamente, estamos nos concentrando em novas composições para lançarmos um novo CD num futuro muito breve.

Por fim um recado final para os fãs de Camaquã e região

ASD: Gostaríamos de agradecer imensamente a todos os nossos fãs e apoiadores de Camaquã e região, pois são essas pessoas que acompanham nosso trabalho que o mantêm acontecendo. Temos muito boas lembranças de Camaquã e do show em 2006 e adoraríamos poder retornar à cidade tão logo seja possível! Grande abraço a todos e até breve!

Obrigado

Alceu Amaral

Nenhum comentário:

Postar um comentário