Por meio
desta nota venho me posicionar sobre os atuais protestos que assolam o país em
nome de reformas de todo tipo.
A ação e
reação é uma lei da ceara da física, mas que se aplica ao comportamento dos
seres, o ser humano ao ser vilipendiado por motivos mil em determinada hora se
rebela.
A cultura como
qualidade que é, disponibiliza a todos o entendimento atemporal e histórico do
caminhar da humanidade, e é por este viés que venho refletir sobre as
manifestações.
A rebeldia
que por horas tem a face da violência é ainda hoje comemorada em datas cívicas,
como por exemplo, a Independência do Brasil, A Revolução Constitucionalista de
1932, levante dos Malês, Conjuração Baiana/Revolução dos Alfaiates,
Cabanagem, Guerra de Canudos ou a tão sangrenta e comemorada Revolução Farroupilha.
Sem falar em revoltas internacionais como A Revolução
Francesa ou a queda do muro de Berlim, mas todas elas tiveram momentos de
grande violência, contra quem agia em um status quo de governança e liderança. E a reação do povo nem sempre foi pacífica.
Então como rejeitar esta herança histórica e hoje
alardear que devemos ser pacíficos?
Se o intento é rebelar-se o comando que liderava os
cordeiros não deve ser ouvido.
Claro que
devemos rumar para uma melhora dos comportamentos e evoluir, mas nunca renegar
o passado.
Não sou a
favor de depredações ou quebra quebra generalizado, mas quem progênitou a
violência primeiro?
Somente com cultura e educação sabemos que o proceder de
hoje é fruto de ações pretéritas, se temos “vândalos” estes são frutos de falta
de serviços básicos de saúde educação e cultura, se temos revoltosos estes são
frutos da incompetência de governantes que se proliferam em todas as esferas.
Tais políticos que em um conluio com perversos
empresários fazem um festim promíscuo traduzidos em licitações fraudulentas que
desequalizam um país em nome de lucros e ganância.
Somos frutos de nossas escolhas, escolher a Cultura é dar
visão e senso critico ao cidadão, O festival Rock e Poesia se solidariza com
estas manifestações, por entender que o interesse de uns não deve cercar o
interesse de muitos.
Buscamos a
elevação do ser a um nível de crítica e auto crítica todos os anos na praça
Zeca Netto e estamos protestando sempre contra a escravidão das ideias e do
marasmo intelectual.
Viva o maior povo mestiço da face da terra, viva o povo brasileiro.